O músico exerce uma função importante na liturgia e também nos momentos de louvor. O que precisa estar muito presente no coração dele é a dinâmica da espiritualidade. A espiritualidade do músico católico deve ser voltada para a experiência católica.
Um exemplo: um músico católico que não vai à Missa, deixa de ser um músico católico, porque ela é o auge da espiritualidade católica. Outra coisa que precisa ficar presente na espiritualidade do músico católico é a Adoração Eucarística, buscar Jesus na Eucaristia e todas as suas vertentes, como a intimidade com a Palavra de Deus.
Você, músico, conhece muito bem as fontes de inspiração. Quando a música brota da Palavra de Deus, ela tem uma eficácia sobrenatural, basta você musicar a Palavra pela inspiração, buscar a harmonia no coração de Deus e você vai ver como a música "pega". A Bíblia em si já traz vida, libertação e cura. Precisamos fazer uma experiência com a Palavra de Deus..
Algo importante também é a intimidade com o Espírito Santo, porque – em minha opinião, e creio que não seja só em minha opinião – isso é obra de Deus, pois a inspiração da música católica precisa vir do Espírito Santo.
Nós também não precisamos consultar harmonias da música secular para colocar na música católica. Pois, assim, perde em unção, perde em eficácia, porque o Espírito Santo é a criatividade por excelência. É Ele quem dá a criatividade, então, não há necessidade de buscá-la em outras fontes.
Há uma passagem do profeta Jeremias que diz: "Os grandes da cidade enviaram os servos à procura de água. Encaminham-se estes às cisternas; água, porém, não encontram, e voltam com os recipientes vazios, envergonhados, confundidos, cobertas as cabeças" (Jer 14,3). O povo estava deixando as águas puras para buscar água em cisternas vazias.
Isso é muito importante para que tenhamos consciência. Não deixe a "água pura", a fonte da Palavra, da Eucaristia, da experiência dos santos, do relacionamento pessoal com a Virgem Maria. Tudo isso é fonte de inspiração. Não busque em "cisternas" vazias! Deus fala a nós nessa Palavra e nos indica o caminho a seguir.
A música, então, precisa brotar da oração e não de um acorde secular. O acorde é Deus quem vai dar. Conheço muitos músicos e, partilhando com eles sobre o nascimento de uma música, sei que ela vem de um momento de oração e Adoração Eucarística.
A música católica não é feita para fazer sucesso. O sucesso que Deus quer são almas salvas, vidas transformadas, pessoas curadas! E a música tem este poder. Assim como tem o poder de fazer uma pessoa se embriagar, se drogar – como vemos, por exemplo, nas festas rave – ela tem o poder de transformar uma vida. Nós precisamos "virar a mesa", virar o jogo e apresentar uma música pura, que vem do Céu e que transforma vidas.
Que Deus abençoe você e que Ele próprio o inspire. Não busque fora de Deus, porque só Ele tem a inspiração para o novo da sua canção.
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domingo, 7 de novembro de 2010
O Musico é chamado a Movimentar a Igreja!
Acreditamos que a palavra que transforma o coração pode produzir em cada pessoa uma melodia diferente. A intensidade da melodia é o coração que determina; o timbre é o coração que oferece. Harmonizando tudo isso, teremos uma canção de Salomão, uma canção de subida aos Céus.

Eliana, ministra de música da Canção Nova
Leia este pequeno fragmento do Salmo127, deixando o seu coração cantar por meio dele:
"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guarda a cidade, debalde vigiam as sentinelas. Inútil é levantar-vos antes da aurora, e atrasar até alta noite vosso descanso, para comer o pão de um duro trabalho, pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono" (SI 127,1-2)
É Deus quem constrói a casa. É Ele quem edifica a Igreja, os movimentos e o seu ministério. Contudo, queremos nos deter na ferramenta usada pelo Senhor para construir Sua obra.
No Antigo Testamento, Deus escrevia suas leis em tábuas. Porém, com a vinda do novo Adão, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Todo-poderoso passou a escrever Suas leis em tábuas de carne, isto é, em nosso coração. A tinta usada por Ele é o Sangue de Cristo, e o pincel (ou seja, a ferramenta) é o próprio Espírito Santo. Sendo assim, podemos dizer que sem o Espírito Santo toda construção estaciona, por mais que o homem humanamente esteja correndo.
O músico é chamado a movimentar a Igreja, mas só conseguirá fazê-lo se estiver vivendo sob o movimento do dedo de Deus, ou seja, sob a ação do Espírito Santo. Deus usa o dedo do Espírito Santo para movimentar o coração do homem que, humildemente, se prostra, esperando, em primeiro lugar, amar e ser amado pelo construtor.
Tocar as notas de uma construção melódica já não é o mais importante. Nessa peça ou construção musical, o mais importante é estar com Deus, escutando o Músico dos músicos tocar, e assim, seguindo a partitura que o próprio Deus construiu, saber o momento de tocar e como tocar. Nessa obra, o essencial é silenciar o coração. É necessário muita atenção para não nos perdemos na grande partitura da vida.
Santo Agostinho nos ensina que o Espírito Santo é a "Alma da Igreja", e o que faz no corpo do homem, o Espírito Santo faz no corpo da Igreja. No Vaticano II foi salientado que o amor que se tem pela Igreja é diretamente proporcional ao amor que se tem pelo Espírito Santo, pois Ele é a alma da Igreja.
Daí, podemos explicar a negligência dos músicos para com a Igreja, isto é, esses músicos não possuem experiência com o Espírito Santo, consequentemente não amam seu ministério, através do qual participam do Corpo místico de Cristo, que é a Igreja. De fato, podemos dizer que nossa parte na construção da obra se encontra basicamente em viver sob o fogo do Espírito Santo.
O músico precisa pedir a efusão do Espírito Santo diariamente, para que o amor pela obra não se acabe. Devemos ser apaixonados pelo Espírito Santo e, consequentemente, apaixonados pela Igreja.
Leia este pequeno fragmento do Salmo127, deixando o seu coração cantar por meio dele:
"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guarda a cidade, debalde vigiam as sentinelas. Inútil é levantar-vos antes da aurora, e atrasar até alta noite vosso descanso, para comer o pão de um duro trabalho, pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono" (SI 127,1-2)
É Deus quem constrói a casa. É Ele quem edifica a Igreja, os movimentos e o seu ministério. Contudo, queremos nos deter na ferramenta usada pelo Senhor para construir Sua obra.
No Antigo Testamento, Deus escrevia suas leis em tábuas. Porém, com a vinda do novo Adão, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Todo-poderoso passou a escrever Suas leis em tábuas de carne, isto é, em nosso coração. A tinta usada por Ele é o Sangue de Cristo, e o pincel (ou seja, a ferramenta) é o próprio Espírito Santo. Sendo assim, podemos dizer que sem o Espírito Santo toda construção estaciona, por mais que o homem humanamente esteja correndo.
O músico é chamado a movimentar a Igreja, mas só conseguirá fazê-lo se estiver vivendo sob o movimento do dedo de Deus, ou seja, sob a ação do Espírito Santo. Deus usa o dedo do Espírito Santo para movimentar o coração do homem que, humildemente, se prostra, esperando, em primeiro lugar, amar e ser amado pelo construtor.
Tocar as notas de uma construção melódica já não é o mais importante. Nessa peça ou construção musical, o mais importante é estar com Deus, escutando o Músico dos músicos tocar, e assim, seguindo a partitura que o próprio Deus construiu, saber o momento de tocar e como tocar. Nessa obra, o essencial é silenciar o coração. É necessário muita atenção para não nos perdemos na grande partitura da vida.
Santo Agostinho nos ensina que o Espírito Santo é a "Alma da Igreja", e o que faz no corpo do homem, o Espírito Santo faz no corpo da Igreja. No Vaticano II foi salientado que o amor que se tem pela Igreja é diretamente proporcional ao amor que se tem pelo Espírito Santo, pois Ele é a alma da Igreja.
Daí, podemos explicar a negligência dos músicos para com a Igreja, isto é, esses músicos não possuem experiência com o Espírito Santo, consequentemente não amam seu ministério, através do qual participam do Corpo místico de Cristo, que é a Igreja. De fato, podemos dizer que nossa parte na construção da obra se encontra basicamente em viver sob o fogo do Espírito Santo.
O músico precisa pedir a efusão do Espírito Santo diariamente, para que o amor pela obra não se acabe. Devemos ser apaixonados pelo Espírito Santo e, consequentemente, apaixonados pela Igreja.
Fonte: Canção Nova
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